Bem-aventurados os que sonham. Chama-os Deus poetas.*

terça-feira, 10 de abril de 2012

TROVA-LEGENDA OUTONO



A idade é, por excelência,
a grande mestra do amor.
– É no outono da existência
que a paixão tem mais calor!
A. A. de Assis – Maringá/PR


Se despe a vegetação
da folhagem ressequida
é que é outono - a estação
dos doces frutos da vida.
Adamo Pasquarelli – S. J. dos Campos/SP


As folhas secas do outono
no chão, já sem serventia...
Hei de dar-lhes vida e trono
nos versos desta Poesia!
Ademar Macedo - Natal/RN


Atapetado de flor,
celebra o outono o seu rito:
um convite para o amor
no meu parque favorito.
Agostinho Rodrigues – Campos/RJ


Por cada folha caída
nova folha irá brotar!
Tal qual na roda da vida;
um constante renovar.
Alberto Paco – Maringá/PR


Este sol amanecido
que me descubre otoñando,
pone en mi alma ese latido
que en mis huellas voy dejando.
Alicia Borgogno - Santa Fe/Argentina


En el otoño camino
por la senda de tu olvido,
voy triste tras mi destino
que de amor llora afligido.
Ángela Desirée Palacios – Venezuela


Com mágoas não perco o sono
e sigo, alegre, a cantar
pisando as folhas de outono
que enfeitam meu caminhar!
Antonio Juraci Siqueira – Belém/PA


O triste se faz bonito
com as folhas que se vão...
Isso é o outono em conflito
na passagem da estação.
Ari Santos de Campos - Itajaí/SC


Ver tanta folha caída
dá dó, mas outras virão.
Triste é, no outono da vida,
ver a esperança no chão...
Bruno P. Torres – Niterói/RJ


Outono... mágoa, em segredo,
entre as folhas secas gira...
e eu me resguardo, com medo
de que até uma folha fira!...
Carolina Ramos – Santos/SP


No caminho colorido
com vestígios outonais
ninguém fica aborrecido,
porque é bonito demais.
Clênio Borges – Porto Alegre – RS.


Folhas migradas de outono,
tais quais meus sonhos trincados,
vagam pelo chão, sem sono,
à demanda de outros prados...
Dáguima Verônica – Santa Juliana/MG


O Outono ordena: ”Ao trabalho!”,
e o vento, sem mais escolhas,
desnuda galho após galho,
vestindo as ruas de folhas.
Darly O. Barros – São Paulo/SP


Outono, quando és chegado,
o  chão  se  cobre  de cores,
e,  assim,  todo   amarelado,
convida  a  novos  amores !
Delcy Canalles/RS


O outono mandou recado:
-Caminhe comigo assim...
coloco o chão de  dourado
e as folhas falam por mim!
Dilva Moraes – Nova Friburgo/RJ


Na longa estrada da vida,
nada me impede a passagem;
já no outono, e de partida,
vou sozinha e sem bagagem.
Dorothy Jansson Moretti – Sorocaba/SP


Numa profusão de cores
vem o outono, sedutor,
inspirar os sonhadores
num convite para o amor.
Eliana Jimenez – Balneário Camboriú/SC


As folhas, antes viçosas,
da natureza o pulmão,
inda mostram-se graciosas
mesmo pisadas no chão!
Francisco José Pessoa – Fortaleza/CE


Mesmo no outono da vida
continuo a caminhar,
piso a folha ressequida;
mas há luz em meu olhar!
Gislaine Canales – Balneário Camboriú/SC


Folhas secas se espalhando
como um tapete no chão...
vai o outono se mostrando
quão belos seus dias são!
Glória Tabet Marson – S. J. dos Campos/SP


Cores de outono bizarro
que a paisagem modifica;
E a estrada tosca de barro
juncada de folhas fica.
Haroldo Lyra – Fortaleza/CE


Quando as folhagens de outono
atapetam meus caminhos,
o bucolismo dá sono
e eu sonho com teus carinhos!...
Hermoclydes Siqueira Franco – Rio de Janeiro/RJ


Cenário de outono... um joelho...
dobrando, se locomove,
com um guarda-chuva vermelho.
E o incrível é que não chove!
Jaime Pina da Silveira - São Paulo/SP


Entre as folhas amarelas
na pintura de abandono
emolduro em aquarelas
paisagens do meu outono!
João Batista Xavier Oliveira – Bauru/SP


Deus, que viagem florida,
em campos tão sedutores!
Como é bom trilhar, na vida,
pelo caminho das flores!
José Lucas de Barros – Natal/RN


Essas folhinhas tingidas
que o vento derruba ao chão,
são mulherinhas fingidas
que o tempo guardou em vão.
José Marins – Curitiba/PR


Cuando los vientos de otoño
hacen las hojas volar
mi corazón se hace moño
viendo la vida pasar...
Libia Beatriz Carciofetti - Argentina


Céu marinho como tela,
verdes, grises, tom carbono...
são tintas de uma aquarela,
pintando as tardes de outono.
Lisete Johnson – Porto Alegre/RS


Folhas de outono no chão,
carregadas pelo vento,
as lentas pisadas vão,
levam todo sentimento...
Lora Saliba – São José dos Campos/SP


Eu vejo, em marcas pequenas,
pela trilha empoeirada,
outras pegadas serenas
em cada curva da estrada...!
Mara Melinni – Natal/RN


Outono, fada encantada
que enternece os corações;
folhas secas pela estrada
são tapetes de ilusões...
Marina Valente - Bragança Paulista/SP


Fui ao encontro marcado
num tempo que já passou...
Sei que é parte do passado,
marcado no que hoje sou...
Mário A. J. Zamataro – Curitiba/PR


Bendigo as manhãs de outono,
enquanto as folhas se soltam,
preparam neste abandono,
caminhos para os que voltam.
Marlê Beatriz Araújo – Porto Alegre/RS


As folhas mortas do outono
revoando na amplidão,
vão secando em abandono
fecundando todo o chão!
Myrthes Mazza Masiero – S. J. dos Campos/SP


Todo outono vai dourando,
belo campo de arvoredo.
Folhas secas vão bailando,
pela estrada, logo cedo.
Nadir Giovanelli – S. J. dos Campos /SP


Sobre um tapete  florido,
Vejo o outono alvorecer:..
Pensando em você, querido,
caminho e sinto prazer!
Neiva de Souza Fernandes – Campos/RJ


Quero te ver e não posso,
o guarda-chuva te esconde;
eu grito: - vou ter um troço!
não ouves... perdi o "bonde"!
Nemésio Prata – Fortaleza/CE


Sigo na estrada da vida
sem temer tristeza e dores;
só me ameaçam, querida,
chuvas de folhas e flores.
Olympio Coutinho – Belo Horizonte/MG


Nas folhas louras de outono,
eu registro os sonhos meus,
e, no maior abandono,
sigo na busca dos teus...
Olga Maria Dias Ferreira – Pelotas/RS


No outono não me atrapalho
e vou deixar como escolha:
Um poema em cada galho
e uma trova em cada folha!
Prof. Garcia – Caicó/RN


Nos caminhos do abandono,
rogo aos céus, a luz da lua
que mostre as folhas de outono
em seus tapetes da rua!
Rodolpho Abbud – Nova Friburgo/RJ


Eu ouço o outono falando
na voz das folhas caídas...
E o vento sopra acordando
minhas saudades dormidas.
Thalma Tavares – São Simão/SP


Imprimo minhas pegadas,
sofridas pelo abandono,
nas folhas amareladas
pinceladas pelo outono...
Vanda Alves da Silva – Curitiba/PR


Folha solta, ao abandono,
guarda implícita quimera
de que há no inverno e no outono
promessas de primavera...
Vanda Fagundes Queiroz – Curitiba/PR


Estação feita de sono...
Quintana, o guri, sublinha:
- Algum caminho do outono
deve dar numa pracinha!...
Wagner Marques Lopes - Pedro Leopoldo/MG


Todas as trovas recebidas são publicadas, em caso de dúvida entre em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário